quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Retrógrada demais ou à frente do meu tempo?

Por esses dias, fiquei entretida por horas a fio a pensar sobre o meu ciúme insano. Foi um tempo muito mal gasto. Cheguei, óbvio, a conclusão que não vale a pena...
Mas ainda não consigo concordar com Raulzito:
"Porque quando eu jurei meu amor eu traí a mim mesmo, sem saber...
Dos amores que a vida me trouxe e eu não pude viver..."
“Porque quem gosta de maçã, irá gostar de todas, porque todas são iguais”.
Ainda não entendo a traição. Nunca vou descobrir se ela é apenas uma expressão de corpo ou auto-afirmação. Ou os dois.
É comum pensar que o que os olhos não vêem o coração não sente. É a afirmação que mais se aproxima da minha realidade. Passo a maior parte dos meus dias longe. Não te dou a atenção que mereces... Mas que talvez não desejas.
Vivo em um mundo a parte, onde casamento sou eu e você. Não preciso de mais ninguém, mas é impossível saber se para você é necessário mais...
Insegurança? Sim. É claro que é.
Não, nunca ciúmes apimentará um relacionamento. Pode até ser bonitinho de vez em quando, mas é inaceitável a apreensão da sua liberdade.
Como um pássaro, você é mais bonito livre. Seu canto tem mais entoação quando estás a morar no mundo. Como um pássaro, eu deveria gostar mais da altura de um ninho do que do conforto de uma gaiola.
Interessante seria se eu te liberasse para o mundo! Afinal não sentiria mais ciúmes de você.
Não consigo explicar esse pensamento. Eu não seria a primeira. Nem a última a pensar assim. Te sufoco, te prendo, porque te quero muito. Mas como te amo e quero bem, te liberto de mim...
Estranho.

2 comentários:

LC disse...

Só é bonito porque não é meu, se for meu vira parte de mim. Gosto do espelho, mas não a ponto de viver só na frente dele

Carol Marques disse...

"Now I undestand to hold you I must open up my hand and watch you rise..."
Num mundo que ninguém é de ninguém o sentimento de posse sufoca e a libertade amedronta...
:S