quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Expressão

Por que se expressar, se as pessoas tendem a ouvir apenas o que interessa?
Conforme o discurso anterior sobre o “silêncio”, aqui tenho outro discurso anti-discursos.
A melhor forma de você privar uma pessoa do prazer em denegrir a imagem de quem fala é não falando. Quem é mais objetivo não fala mal das pessoas, não se abre, dando margem às pessoas que esperam, tal cobras sorrateiras, uma fresta para entrar em sua vida particular e destruir o que você levou anos para construir.
Uma pessoa ser objetiva é focar no que lhe foi direcionado a fazer, sem a parafernália de coisas frívolas que envolvem esse fim. Um mero exemplo é quando você precisa questionar a um colega de trabalho sobre alguma dúvida corrente do que se está a fazer. Se não der “bom dia”, e perguntar como vai a vida dele (embora seu interesse no assunto seja nulo) aparentará arrogância, antipatia. Dizem os mais descolados no assunto de comunicação que se você trabalha como um robô, como os norte americanos, você tem a tendência de ser infeliz. Esse público esquece que se você for humilhado, se alguém lhe disser que sua vida não serve para os padrões sociais, é ainda mais depressivo. Mas o outro só saberá que sua vida não é boa o suficiente ou não se da sua vida conhecer.
Entre amigos, quando você está em uma mesa de bar para “bater papo”, quais assuntos lhe interessam? Ok, os assuntos que podem interessar são ao todo 20% talvez – antes de se embriagar óbvio... Depois, você é o assunto mais chato da mesa.
Amigos comuns, amigos do peito não diferem. Sabe aquela premissa de que as pessoas só lembram de você quando interessa? Então. Essa verdade não poderia ser mais verdadeira. Cuide bem dessas pessoas, um dia você vai precisar. E sabe como é a melhor forma de cuidar delas? Escute-as, mas não dê sua opinião. Quando alguém chega até você, não está muito interessado em saber se você aprova ou não. Desaprove e você perderá “um amigo”. Talvez você até pense, “Raios, mas se eu der minha opinião e perder um amigo, não era meu amigo de verdade”. Não. Não era e nunca foi. Nunca será. E essa verdade se estende para todos e qualquer um.

2 comentários:

LC disse...

tu tu tu tu

Carol Marques disse...

Adorei o "nunca foi e nunca será"...começo a pensar que isso sim é real.
À propósito...Sempre me poupo desse bláblá inútil do "tudo bem", correndo lógico o risco do rótulo do ser "antisocial"...rs